Bolsonaro abre interrogatórios na tarde desta terça-feira
Mais cedo, Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) e Augusto Heleno (ex-ministro do GSI) foram interrogados
Brasília|Gabriela Coelho e Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro abrirá os interrogatórios ao STF (Supremo Tribunal Federal) sobre tentativa de golpe na tarde desta terça-feira. A retomada dos questionamentos está marcada para às 14h30.
Mais cedo, Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) e Augusto Heleno (ex-ministro do GSI) foram interrogados.
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Pela manhã, Bolsonaro disse que realizará um interrogatório longo. “ [Se puder] ficar à vontade, se preparem, vão ser horas”, adiantou.
Bolsonaro afirmou ainda que pretende “fazer retrospectiva”, de modo a defender que a tentativa de golpe “não cai na presidência”.
Além da expectativa, o ex-presidente também afirmou que “o golpe não existiu”.
Depoimentos
Primeiro a depor, o ex-comandante da Marinha,Almir Garnier, se emocionou ao relatar a ausência de cerimônia em sua saída do comando da força militar em 2022.
Ainda durante o depoimento, o almirante Garnierfirmou que não houve minuta de golpe de Estado, mas somente parte de uma análise do cenário político do Brasil, com informações, por exemplo, sobre caminhoneiros e do processo eleitoral. “Não vi minuta, vi informações em tela de computador. Não recebi um documento”, garantiu.
O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, confirmou ter deixado “vários protocolos” para o dia 8 de janeiro de 2023, quando extremistas depredaram prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Torres afirmou que ficou “desesperado” ao ver os acontecimentos e que, imediatamente, ligou para os responsáveis pelas forças de segurança. “É difícil apontar, mas vejo que houve uma falha muito grave no cumprimento do protocolo. [O documento] prevê tropas especializadas, isolamento da Praça dos Três Poderes, que é uma coisa muito séria”, disse ele durante interrogatório no STF (Supremo Tribunal Federal), no caso da tentativa de golpe de Estado.
Já o general Augusto Heleno afirmou que o cliente só responderia aos questionamentos feitos pela defesa. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, aceitou a colocação, mas mesmo assim fez as perguntas.
Para a defesa, Augusto Heleno negou qualquer tipo de participação na tentativa de golpe. Disse que não tinha o que as investigações chamaram de “caderneta do golpe” e nem influenciou politicamente seus funcionários do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
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